domingo, 27 de outubro de 2013

O autor

Nosso primeiro contato com a vida é em meio a escuridão, no útero materno.

Somos tão pequenos, e ainda assim passamos por um processo de partilha no qual nos tornamos menores ainda, para depois nos tornarmos únicos.

A formação do ser vivo é uma das coisas mais lindas da vida, um mistério deslumbrante.

Ser vivo!
...
O nosso primeiro desafio nesse espetáculo que nos espera é o nascimento. A natureza nos chama para deixarmos o conforto da nossa casa de criação e fazermos parte da história.

Ganhamos um livro, com páginas em branco, do qual seremos autor da história.

Essa escrita não será fácil, mas gloriosa!

Todo ser humano possui uma rica história, composta de coragem, medo, alegrias, lágrimas, frustrações, sucessos, timidez, ousadia, insegurança. Na construção da história, o autor sente-se frágil, solitário, constrói sonhos.

Nisso revelamos quão maravilhoso é viver!

A vida que pulsa dentro de cada um, independente de erros, acertos, status social e preferências é uma joia única na existência. Cada ser humano é um mundo a ser explorado, uma história a ser compreendida, um solo a ser cultivado.

Uma linda história reflete a forma como lidamos diretamente com a vida: podemos desistir, mas podemos escrever um novo capítulo, todos os dias.

Sabiamente disse o Charlie Brown, “Histórias, nossas histórias! Dias de luta, dias de glória”. Somos os autores, os dias de luta podem ser dias de glória, mesmo que não sejamos vitoriosos. Viver já é uma vitória.

Por isso, viva, escreva uma história linda, com erros, acertos, decepções; mas acima de tudo com recomeços! Novos capítulos.

E como lindamente disse o Legião Urbana, ame, como se não houvesse amanhã.

Não esqueça: no final deixamos o livro da nossa vida no coração daqueles farão parte de nossa história.

Eliane Leite
Viver, e não sobreviver, uma questão de fé

Ter fé não tem nada a ver com ficar estagnado, acreditando e esperando que um milagre vá cair no nosso colo e mudar completamente a nossa vida, pelo contrário, ter fé é ter coragem de ir à luta em busca das mudanças necessárias, sem a garantia do acerto, mas com a certeza de ter tentado.

Ter fé é reconhecer que todo dia ...é uma oportunidade de fazermos algo diferente na vida por nós mesmos, pelos outros; resumindo, todo dia é um presente... onde você pode aproveitar pra se reinventar ou se manter na rotina sem graça, apenas sobrevivendo ao que lhe é imposto.

Ter fé é vencer a falta de motivação, é não ficar preso na frustração do passado nem com medo das circunstâncias do futuro, é VIVER da melhor maneira possível hoje e aprender a ser feliz com isso. A nossa motivação tem que partir de nós mesmos, ninguém mais é responsável por isso.

Vai haver momentos de tristeza, de choro, mas ter fé e ser firme na vontade de dar a volta por cima, de vencer os obstáculos, confiantes de que somos amados por Deus e que ele caminha conosco nos momentos alegres e tristes, de superações e decepções, segurando as nossas mãos e secando nossas lágrimas, se preciso for.

Sabe o filme “Comer, rezar e amar”? Adoro. A Lisa, personagem representada por Julia Roberts, sobrevivia a uma vida triste, em um casamento que já não representava mais a felicidade para ela. Um dia abriu seu coração a Deus e, naquele momento, se encheu de fé. A Lisa teve uma atitude de mudança, teve fé. Não sabia o que o futuro lhe reservava, apenas quis viver uma vida que não era aquela que a enchia de desgosto, teve fé. Se não tivesse feito isso, continuaria vivendo uma vida de frustração.

A minha fé me move em busca de dias melhores, e não me faz esperar por “bênçãos” e curas impossíveis. Pra mim a fé é olhar para frente, ver o horizonte, e ir atrás dos meus objetivos, sabendo, sim, que algo pode dar errado, que será possível chorar de novo, sofrer, mas acreditar que cada minuto de alegrias que tive nesse meio tempo valeu a pena e que entre altos e baixos da vida serei feliz.

Eliane Leite