sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Por um caminho, sem pressa!


Queremos tudo, e quando é o tudo o que temos ele já não nos basta.

Porque nossas relações são tão superficiais? O problema é que não conseguimos lidar com as imperfeições, nem com as nossas próprias. Assim descobrimos que somos incapazes, de muitas coisas.

A profundidade das relações está na capacidade que temos de amar. Mas isso é uma via de duas mãos, o dar e o receber. E qual é o segredo desta questão? Talvez, não esperar, não ansiar por ser amado e aguardar o momento que isso simplesmente aconteça.

Não! Somos ansiosos por demais. Não dá tempo, a vida é curta! E, muitas vezes, na ânsia pelo amor, perdemos a vida, ou realmente vivemos – mas isso é privilégio apenas que quem sabe amar.

Penso que o segredo não está em tentar, tentar, tentar ... porque cansamos! Mas em simplesmente ser, e um passo a mais pode fazer toda a diferença.

Não precisamos parecer ser perfeitos, porque não somos!
Não precisamos querer agradar todas as pessoas, suprir todos os desejos, porque NUNCA vamos conseguir!
Não precisamos fazer o impossível para demonstrar um amor sem limites, porque o outro nunca vai se sentir amado o suficiente!
Não precisamos ofegar desesperados, precisamos apenas respirar!
Não correr, apenas caminhar!
Não precisamos carregar todo o fardo mais pesado de uma só vez, mas podemos parar para descansar.
Podemos apagar a luz e apreciar o silêncio, podemos inclusive calar a gritaria da nossa própria percepção interior.

Podemos viver, sem ter tanto o que esperar e com tantas lágrimas para derramar. A nossa angústia é porque nos concentramos no passado e ansiamos incansáveis por um futuro, e esquecemos-nos completamente do presente, onde a nossa vida de fato acontece.

A nossa singeleza, a nossa humildade, o nosso carisma, a nossa disposição, os nossos cuidados apenas nos enobrecem diante dos reais valores do nosso coração, que muitas vezes não são conhecidos de muitos, por isso, aquietemo-nos.

Somos imperfeitos mesmo na mais perfeita perfeição que imaginamos em nós nas nossas vidas; e existe um Ser maior que nos revela que somos queridos, assim mesmo, da forma que somos. Que cada um tem sua importância, sua preciosidade intrínseca e que isso é expressivamente valioso de forma individual.

Por isso, respiremos... devagar, sintamos o pulsar da vida e vivamos... levemente! Olhemos para o imperfeito e amemos. Se ainda não conseguirmos, não nos desesperemos, algumas coisas levam algum tempo mesmo.

Lembremos que também não somos perfeitos. Não nos cobremos tanto, a sinceridade é um dos mais dignos valores que se pode carregar e ela nos salva de nós mesmos, da nossa culpa, da nossa dor.

Sabe a vida? Ela é como um palito de fósforo aceso, quando se vê ... já se apagou. No entanto, ela deve ser tão intensa quanto o calor que o fósforo acende. E nessa simplicidade que está o caminho da paz e da felicidade.





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